sábado, 1 de junho de 2013

Pitty sabor Agridoce



Estou aqui para falar de alguém mais e não alguém menos: Priscila Novaes Leone. A baianinha de 35 anos que é o nosso xodó no quesito rock. Essa moça decidida e de costumes pouco tradicionais nasceu em Salvador (graças à Deus!) e passou boa parte da infância em Porto Seguro. Seu pai, dono de bar e músico foi essencial nas suas influências musicais, tocando canções de figuras como Raul Seixas, Beatles, Elvis Presley e Lou Reed para a filha. Mas é claro que algumas bandas mais contemporâneas fazem a cabeça dessa moça também, como é o caso do AC/DC, Alice In Chains, Metallica, Muse, Faith No More e muitas outras.
Ela, que já é reconhecida pelo seu talento tanto dentro do Brasil, como fora dele, começou sua carreira como baterista na banda “Shes” entre os anos de 1997 e 1999 e iniciando-se como vocalista na banda “Inkoma”, na qual foi integrante entre os anos de 1995 e 2001. Pitty se formou na Escola de Música da UFBA e se descobriu fazendo o cover da música “Smells Like Teen Spirit” da banda Nirvana, em uma roda de um bar da capital.

Em 2003 ela lança seu primeiro álbum, agora da sua própria banda, intitulado “Admirável Chip Novo”. Esse título faz referência ao livro “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley que narra um hipotético futuro, onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais. O cd dela vendeu cerca de 812 mil cópias, além de consagrá-la no cenário nacional.


Em 2005 veio o disco Anacrônico; em 2007 seu primeiro DVD ao vivo {Des}Concerto Ao Vivo; em 2009 seu álbum Chiaroscuro, que foi gravado também em vinil; e em 2010 mais um álbum ao vivo denominado A Trupe Delirante No Circo Voador, que terminou com uma turnê em dezembro de 2011. Turnê essa, que permitiu seu reconhecimento nos EUA e destaques no New York Times, além da Billboard.

Mas é também em 2011 que ela iniciou o seu projeto paralelo chamado Agridoce, em parceria com Martin Mendonça, também guitarrista da sua banda. Esse projeto inova e mostra uma face jamais esperada da cantora, porque conta com o Folk, num arranjo bem simples porém refinado, composto com Martin no violão e Pitty entre vocal e piano, configurando uma versão acústica e suave. Pra falar a verdade, não sei se “acústica e suave” é a melhor denominação, mas sei que me surpreendi e fiquei maravilhada com essa nova modalidade que os dois apresentam. Pois com faixas em francês, inglês ou português esse álbum só vem ratificar ainda mais a ideia de que Pitty surgiu para quebrar paradigmas e delimitar seu campo de atuação é burrice. Sem contar que eles têm uma sintonia incrível, provavelmente fruto de uma grande amizade.
A cantora revelou na impressa que esse era um projeto caseiro e que não esperava que fizesse tanto sucesso, muito menos que ganhassem prêmios ou produzissem CDs a partir disso. Já Martin, revelou que estava muito empolgado com esse gostinho de aventura que na época, estava só começando. Nós é claro, ficamos em polvorosa por ter gerado frutos e sentidos por tal feito, findar esse ano. Sim, meus caros, Agridoce termina em 2013! Mas em compensação ainda por agora, Pitty retornará com a sua banda principal e de acordo com a gravadora Deckdisc ela irá relançar o álbum Admirável Chip Novo, numa edição comemorativa de 10 anos após o seu primeiro lançamento. Então tudo que podemos fazer, é nos controlarmos e esperar por mais essa novidade.

Para ouvir as faixas de Agridoce, clique aqui. Confira do lado de a minha fonte, e os clipes que mais gosto clicando aqui e aqui.
Marii L.

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